Jovem fica tetraplégico ao sofrer acidente em cama elástica
Lucas viu sua vida mudar quando se divertia em uma cama elástica instalada em um shopping em Colombo, na Região Metropolitana de Curitiba, em novembro de 2017. Após fraturar a coluna e sofrer uma lesão na medula, o jovem, que na época tinha 17 anos, ficou tetraplégico e viu sua vida mudar. Depois de passar quatro meses na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) de um hospital, agora o garoto se recupera em casa, com o apoio da família.
“Do jeito que eu vi o Lucas eu achei que ele não iria mais voltar para casa”, conta Elaine, mãe do garoto logo após ser avisada sobre o acidente.
Entretanto, apesar de todas as dificuldades 2 anos e 2 meses após o acidente, Lucas não perde a fé e muito menos a alegria. O garoto está se recuperando com ajuda de amigos e espera doações para voltar a estudar.
Jovem sofre acidente em cama elástica
O domingo 18 de novembro de 2017 era mais um dia comum para a família moradora de Colombo. Procurando diversão, o jovem Lucas resolveu ir ao shopping center próximo de casa, onde havia ido no dia anterior.
“Eu nunca impedi meu filho de sair, daí eu olhei pra ele e falei ‘Lucas não vai, fica com a mãe’. Daí ele falou “Ah mãe, se eu ficar em casa eu vou ficar dormindo”. Daí ele foi até a esquina, mas voltou e me abraçou”, relembra Elaine.
Animado com a atração de cama elástica instalada no shopping, o jovem decidiu voltar a pular no local. Vídeos de um dia antes do acidente, mostram o garoto fazendo manobras no local.
“Eu quis dar meu último pulo. Eu lembro que eu pulei, mas eu tinha medo de dar aquele pulo. Eu lembro que quando eu pulei, eu não sei explicar o que aconteceu, eu já cai tetraplégico, eu não mexia nada, eu não sentia nada”, lembra Lucas.
Notícia muda vida da família
No momento de um pulo, o jovem sofreu uma fratura na coluna. Imediatamente equipes de socorro foram acionadas e o garoto foi colocado em uma maca, imobilizado. A mãe Elaine então foi avisada e de urgência correu para o Colombo Park Shopping.
“Levei o maior susto da minha vida. Falaram pra mim, o Lucas está no Siate, ele está sendo amparado. Daí eu falei ‘não, espera que eu quero ver’. Eu pensei que ele tinha machucado uma perna, um braço e quando eu cheguei na frente do shopping ele já estava no oxigênio, dentro da ambulância e na hora eles não me falaram […] Daí eu ouvi eles passando o código para o Hospital do Cajuru que ele tinha virado demais o pescoço, aí nessa hora, desde aquele dia, meu mundo desabou” recorda a mãe.
Depois de passar por diversas paradas cardíacas, infecção hospitalar, febres e convulsões, e ficar internado durante 4 meses na UTI, o garoto se recupera em casa. Um quarto hospitalar foi adaptado dentro da sala da família e agora todos se dedicam para oferecer o melhor a Lucas.
A mãe Elaine largou o emprego e agora luta no INSS para conseguir uma pensão para o filho. Além disso, a mulher pede ajuda para conseguir comprar próteses para a mão e uma cadeira motorizada. A família também espera por uma vaga no Centro de Reabilitação e precisa de apoio de profissionais de saúde para a recuperação de Lucas.
Jovem agradece pela vida “nova oportunidade para viver”
Na maca, em casa, contando com o apoio dos familiares, Lucas não perde a fé e mantém sonhos. Segundo o jovem, antes ele queria ser militar, agora, quer voltar aos estudos para se formar em nutrição e ajudar pessoas.
Lucas também gostaria de reencontrar os enfermeiros da ambulância que levaram ele até o hospital após o acidente na cama elástica. “Ela orou por mim, ela me deu paz. Eu sabia que iria perder meus movimentos, mas ela estava ali. Ela colocou um hino para eu ouvir”, fala.
Com muita esperança em voltar a andar, o jovem não lamenta, apenas agradece. “Tudo é uma chance, não desista”, deixa Lucas como mensagem.
Shopping divulga nota
A direção do Colombo Park Shopping informou que prestou o auxílio que estava ao seu alcance. Confira a nota na íntegra:
“O Colombo Park Shopping informa que prestou todo o auxílio que estava ao seu alcance oportunamente na ocasião do lamentável ocorrido. Informa também, que o episódio ocorreu no interior de uma de suas lojas, sob responsabilidade do operador do evento e do cliente que utilizou os serviços.
Nesse momento, cabe apenas informar que o fato está sendo tratado na esfera judicial.”
Fonte: RicMais