Correio dos Campos

Caso Daniel: MP-PR se manifesta contra pedido de Edison Brittes para sair da prisão

5 de dezembro de 2019 às 16:45
foto: G1 Paraná

O Ministério Público do Paraná (MP-PR) se manifestou, nesta quinta-feira (5), contra o pedido da defesa de Edison Brittes para que ele saia da prisão e aguarde pelo julgamento com tornozeleira eletrônica.

Brittes é réu por homicídio triplamente qualificado, ocultação de cadáver, fraude processual, corrupção de adolescente e coações no curso do processo no caso que apura a morte do jogador Daniel Correia Freitas.

Daniel foi morto em outubro de 2018, em São José dos Pinhais.

Na segunda-feira (2), a defesa de Brittes pediu que a prisão preventiva do réu fosse substituída pelo cumprimento de medidas cautelares.

A defesa argumenta que a fase de depoimentos já se encerrou e que Brittes não oferece mais risco ao andamento do processo.

A manifestação do MP-PR, no entanto, pede para que Brittes permaneça preso até o julgamento dos sete réus.

“O emprego de ameaça para influenciar o depoimento de testemunhas carreia induvidosamente a distorção da apuração da verdade no processo”, afirma o procurador Marco Aurélio Oliveira São Leão no documento.

Edison está preso desde novembro de 2018.

A juíza Luciani Regina Martins de Paula, da 1ª Vara Criminal de São José dos Pinhais, ainda não se manifestou sobre o pedido.

Edison Brittes é o único réu do caso que continua preso preventivamente.

O caso
Edison Brittes é acusado de ter matado o jogador Daniel, no dia 27 de outubro de 2018, em São José dos Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

O corpo do jogador foi encontrado com o órgão sexual mutilado, perto de uma estrada rural na Colônia Mergulhão.

O crime aconteceu depois de uma festa de aniversário da filha de Edison, Allana Brites. A comemoração começou em uma boate da capital paranaense. Depois, continuou na casa da família Brittes, em São José dos Pinhais.

De acordo com a investigação da Polícia Civil, Daniel começou a ser agredido dentro da casa, antes de ser levado e morto em um matagal.

Em depoimento, ele disse que matou o jogador porque ele tentou estuprar Cristiana Brittes, esposa de Edison.

Além de Edison Brittes, outras seis pessoas são rés neste caso.

Fonte: G1 Paraná