Correio dos Campos

Jaguariaíva e Piraí do Sul são incluídos no zoneamento de risco climático para a cultura de cevada

20 de abril de 2017 às 15:02

Arapoti, Jaguariaíva, Piraí do Sul e Ventania são os municípios paranaenses que foram incluídos pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) no Zoneamento Agrícola de Risco Climático (ZARC) para a cultura de cevada de sequeiro no Estado, de acordo com a Portaria nº 207, publicada no Diário Oficial da União de segunda-feira (10/04).

Estímulo – A medida deverá estimular o cultivo do cereal entre os agricultores e contribuir para atender à demanda da Cooperativa Agrária Agroindustrial, que possui a maior fábrica de malte do país e a 17ª do mundo, localizada em Entre Rios, Distrito de Guarapuava, na região Centro-Sul do Paraná. De acordo com o coordenador de assistência técnica da Agrária e diretor administrativo da Fundação Agrária de Pesquisa Agropecuária (Fapa), Leandro Bren, a cooperativa possui uma demanda de 70 mil hectares de cevada e os cooperados cultivam 25 mil hectares do produto. “Atualmente a produção não é suficiente para atender à capacidade total da indústria, por isso temos procurado trabalhar no fomento da cultura, incentivando os cooperados de outras cooperativas a fornecer cevada para nós. Os produtores dos municípios incluídos no zoneamento agrícola já cultivam trigo há muito tempo e agora poderão ter mais essa opção. Muitos ainda não plantavam cevada porque não conseguiam crédito para o custeio agrícola e é importante que eles estejam contemplados”, disse.

Gestão de riscos – Segundo o Mapa, o ZARC é um instrumento de política agrícola e de gestão de riscos na agricultura. O estudo é elaborado com o objetivo de minimizar os riscos relacionados aos fenômenos climáticos adversos e permite a cada município identificar a melhor época de plantio das culturas, nos diferentes tipos de solo e ciclos de cultivares. São analisados os parâmetros de clima, solo e ciclos de cultivares, a partir de uma metodologia validada pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) e adotada pelo Ministério.

Acesso – O produtor deve observar as recomendações desse pacote tecnológico para ter acesso ao Programa de Garantia da Atividade Agropecuária (Proagro) e Proagro Mais e à subvenção federal ao prêmio do seguro rural. Além disso, agentes financeiros têm condicionando a concessão do crédito rural à observância aos indicativos do ZARC.