Correio dos Campos

Projeto Coma Aprendendo realiza “Festival Junino”

O projeto Coma Aprendendo, da Superintendência de Alimentação Escolar da Secretaria Municipal de Educação está desenvolvendo o “Festival Junino” nas escolas da rede municipal.
15 de junho de 2018 às 00:56

IMPRENSA/Castro – O tema é tratado em sala de aula e as crianças aprendem sobre a origem dos festejos juninos e as guloseimas que fazem parte das comemorações. Depois elas experimentam comidas típicas servidas na hora do lanche como cachorro quente, farofa de batata doce, canjica e doce de leite, entre outras. “Nada melhor do que unir costumes e cultura e transformar tudo em festa”, destaca a nutricionista Juliane Vieira.

O projeto Coma Aprendendo tem como objetivo despertar a curiosidade das crianças sobre diversos pratos da gastronomia mundial e melhorar a adesão à merenda escolar.

História

A origem dos festejos juninos no Brasil une jesuítas portugueses, costumes indígenas e caipiras, celebração aos santos católicos e pratos com alimentos nativos. As festas juninas também homenageiam três santos católicos: Santo Antônio (13), São João Batista (24) e São Pedro (29). No entanto, a origem das comemorações nessa época do ano é anterior à era cristã. No hemisfério norte, várias celebrações pagãs aconteciam durante o solstício de verão, importante data astronômica que marca o dia mais longo e a noite mais curta do ano, o que ocorre nos dias 21 ou 22 de junho no hemisfério norte.

Diversos povos da Antiguidade, como celtas e egípcios, aproveitavam a ocasião para organizar rituais em que pediam fartura nas colheitas. O curioso é que os índios que habitavam o Brasil antes da chegada dos portugueses também faziam importantes rituais durante o mês de junho. Apesar dessa época marcar o início do inverno por aqui, eles tinham várias celebrações ligadas à agricultura, com cantos, danças e muita comida. A chegada dos jesuítas portugueses, os costumes indígenas e as comemorações religiosas se juntaram no que conhecemos como os festejos juninos. É por isso que as festas têm um lado religioso e oferecem uma variedade de pratos feitos com alimentos típicos dos nativos.

Já a valorização da vida caipira nessas comemorações reflete a organização da sociedade brasileira até meados do século 20. No mês de junho é a época da colheita do milho, e por isso, grande parte dos doces, bolos e salgados, relacionados às festividades, são feitos deste alimento. Pamonha, curau, milho cozido, canjica, cuscuz, pipoca, bolo de milho são apenas alguns exemplos. A comida típica das festas é quase toda à base de grãos e raízes que nossos índios cultivavam. Além do milho, tem amendoim, batata-doce e mandioca. Todos estes alimentos desta época tem como principal característica que fornecem muita energia e fibra.