Correio dos Campos

Descarte de máscaras exige cuidados especiais

12 de abril de 2020 às 10:34
(Foto: Christo Anestev / Pixabay)

É fundamental usar a máscara de maneira correta para evitar o risco de contaminação, mas também devemos nos preocupar com o descarte delas, que exige cuidados especiais.

A esteira que carrega o lixo reciclável de milhares de pessoas, nos últimos tempos tem revelado uma surpresa. A máscara jogada fora de qualquer jeito, pode colocar em risco a vida de trabalhadores dos barracões de lixo reciclável. Mesmo usando equipamentos de proteção, se eles encostarem numa máscara contaminada e levarem a mão ao rosto, podem ser infectados pela Covid-19.

Agora, o lixo reciclável que é coletado em Curitiba fica em quarentena. Os recicladores só podem mexer no material depois de 72 horas, tempo máximo de sobrevida do vírus numa superfície. Uma precaução necessária para diminuir riscos, e a solução do problema vem de casa. Existe um jeito certo – e seguro – para descartar a máscara, segundo orientações da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental.

Para o descarte é preciso usar dois saquinhos plásticos – um dentro do outro. Ao retirar a máscara do rosto, segure apenas pelo elástico e lave as mãos antes e depois. Com a máscara lá dentro, é só amarrar bem e jogar no lixo do banheiro.

“O lixo banheiro é considerado um lixo comum, que não contém nenhum material reciclável. Logo, a gente imagina que esse lixo não vai entrar em contato com outras pessoas e que ele vai para o destino dele sem nenhum contato”, explica a diretora da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental no Paraná, Karen Juliana do Amaral.

Outras dicas importantes são identificar o material e não encher demais a sacolinha. Já a máscara de pano precisa ser lavada, sempre depois de utilizada. Dá pra usar água e sabão ou deixar de molho, por 30 minutos, numa solução de água com água sanitária. Depois, é só deixar secar.

Atitudes simples para evitar a proliferação do vírus, cuidar da nossa saúde e de quem está lá na outra ponta: trabalhadores como a Sandriele, mãe de duas crianças. “Eu acho triste, porque não é só aqui, tem outros barracões que passam pela mesma situação que a gente”, diz a recicladora Sandriele de Freitas.

As máscaras e luvas no meio do lixo reciclável são levadas para o aterro sanitário. E quem faz parte do grupo de risco não está trabalhando na cooperativa, está em casa.

Fonte: G1