Correio dos Campos

Parque Histórico realiza visita técnica no Museu Heimat

14 de novembro de 2019 às 11:26
(Divulgação)

COM ASSESSORIAS – A equipe de funcionários do Parque Histórico de Carambeí, maior museu histórico a céu aberto do Brasil, fez uma visita técnica ao Museu de Heimat, em Witmarsum. O Parque Histórico conta com um grupo multidisciplinar de profissionais de áreas distintas que estão em constante busca de conhecimento para aperfeiçoar o trabalho realizado dentro do museu, visitas como está auxiliam a aprimorar o trabalho desenvolvido.

Formada por profissionais da área de história bacharelado e licenciatura, jornalismo, geografia, estagiários de história bacharelado e licenciatura, estagiário de biologia e estagiário de turismo a equipe que estava acompanhada da gerente do Parque aproveitou a oportunidade para conhecer a história narrada no Museu Heimat e a sua abordagem.

Visitas como estas integram o calendário de atividades do Parque Histórico e proporcionam uma reflexão sobre as práticas realizadas no museu e aproximam as instituições, afirma Felipe Pedroso, coordenador cultural e historiador do Parque Histórico. “As visitas técnicas fazem parte do programa de aperfeiçoamento de equipe, este é o terceiro ano consecutivo levando os profissionais do Parque para conhecer os espaços culturais da região e capital. Essa experiência proporciona conhecer as diferentes realidades do setor museal e também se mostra muito importante para que as instituições possam manter um diálogo, sobre as melhorias no setor”.

Fernanda Hrycyna, é funcionária do Núcleo Educativo do Parque Histórico, comenta sobre a experiência de visitar outros museus. “Visitar outras instituições que lidam com a questão da memória é sempre uma experiência agregadora. Ao visitar o Museu Heimat, em Witmarsum, a equipe de funcionários do Parque Histórico pode vislumbrar alguns aspectos da trajetória de algumas famílias que nos anos 50 se estabeleceram na antiga Fazenda Cancela, localizada em Palmeira. O museu se caracteriza por ser uma instituição da comunidade, de caráter histórico-etnográfico, que se propõe a preservar e apresentar a história da comunidade de colonos menonitas que se instalaram em Witmarsum”.

Relatando a recepção no museu Heimat, Fernanda retoma e conta que o grupo foi cativado pelo modo que Heinz Egon Philippsen descreve o percurso de seu povo até chegar ao Brasil, ainda afirma que a experiência do mediador auxilia em seu trabalho. “Fomos recebidos pelo senhor Philippsen, membro da comunidade, responsável pelo museu e aficionado por História. Seu relato minucioso e apaixonado sobre a trajetória dos menonitas, desde a saída dos Países Baixos, a passagem por território polonês dominado pela Prússia, a experiência no Império Russo, até a chegada de algumas famílias ao Brasil, despertou o interesse da nossa equipe, demonstrando que a mediação desempenha um fator diferencial em uma visita, no sentido em que essa prática facilita o acesso dos visitantes aos bens culturais e à memória que se pretende apresentar no museu”.

Essa foi a primeira visita técnica que Leonardo Rogoski, estagiário de turismo do Parque Histórico e acadêmico da Universidade Estadual de Ponta Grossa, participou com o grupo. “Foi muito interessante, ainda não conhecia a colônia Witmarsum, essa foi uma ótima oportunidade de conhecer um lugar novo e sua história. A narrativa de Philippsen foi repleta de informações, o que mais me chamou a atenção foi que ele buscou contar com o máximo de detalhes e de acordo com o tempo que tínhamos disponível. Utilizarei desta experiência como referência para quando começar a mediar os grupos pelo Parque, pois cada grupo tem um perfil diferente e até mesmo na hora de atender aos turistas espontâneos é importante prestar atenção em que estes estão interessados em conhecer. É importante mudar abordagem de acordo com o perfil de visitantes”.

Hrycyna concorda com Leonardo e diz que chamou sua atenção o comportamento de Philippsen com o grupo, que é necessário conhecer o perfil dos visitantes para prender a atenção destes na hora de falar sobre determinado tema, conhecer profundamente o tema a ser trabalhado para não ficar preso apenas nas informações expostas. “Um aspecto interessante da abordagem do senhor Philippsen se refere ao resgate histórico realizado para apresentar a comunidade menonita aos visitantes, pois trouxe informações que não se encontravam nas exposições. Nesta perspectiva, podemos pensar também as práticas empregadas pela mediação no nosso museu: em um museu histórico-etnográfico, é fundamental que os mediadores conheçam a trajetória do grupo representado na instituição, da mesma forma, é necessário que reconheçam a melhor abordagem para lidar com os mais variados perfis de visitantes”.