Correio dos Campos

Quatro formas simples para estimular as crianças a lidar com as emoções

5 de novembro de 2019 às 14:54
Abrir espaço para a expressão de sentimentos ajuda a desenvolver a inteligência emocional. (Divulgação)

COM ASSESSORIAS – A inteligência emocional é uma das habilidades que compõem as competências socioemocionais. É por meio dela que se desenvolve a capacidade de perceber e demonstrar emoção, identificando os próprios sentimentos e os dos outros, agindo de maneira reflexiva diante deles. Em outras palavras, é saber lidar com as próprias emoções e com as dos outros.

A família e os professores têm um papel importante na formação social das crianças “Desenvolver as competências socioemocionais nas crianças e adolescentes é indispensável, pois, para enfrentar os desafios do mundo, eles precisam compreender e administrar bem suas próprias emoções”, orienta a especialista em pareceres pedagógicos do Sistema de Ensino Aprende Brasil, Rita Schane. Ela destaca quatro ações que podem contribuir para o desenvolvimento dessas competências tanto em casa, como na escola:

Abra espaço para a expressão de sentimentos

Proporcionar à criança um espaço em que ela se sinta segura para expressar seus sentimentos e preocupações é fundamental. Segundo Rita, começar do básico, por exemplo, perguntando como os filhos estão se sentindo ou como foi o seu dia; o que fizeram na escola que tenha os agradado, ou não, já ajuda a criar uma atmosfera na qual eles fiquem confortáveis para se expressar. “Ao conseguirem verbalizar o que sentem, crianças e adolescentes acabam refletindo mais e dando maior atenção às próprias emoções e essa pode ser uma das chaves para o desenvolvimento das competências socioemocionais”, explica.

Escute e ensine a escutar

Não basta incentivar às crianças que se expressem; é necessário escutá-las e ensiná-las a saber ouvir os colegas e a si mesmos. “Quando são capazes de fazer isso, eles conseguem se sentir parte de um diálogo, conversar com quem tem ideias diferentes das suas e perceber as nuances presentes na comunicação verbal e não verbal”, esclarece a pedagoga.

Promova a empatia

“O que você faria caso isso acontecesse com você?”, é a pergunta sugerida por Rita. De acordo com ela, deve-se aproveitar situações de crise ou conflito que podem surgir no ambiente escolar ou em encontros com amigos para desenvolver e pensar as competências voltadas às emoções, promovendo, assim, a empatia. “Se houver um conflito, pergunte o que cada um faria. Assim, você mostra a eles como lidar com situações limítrofes, como encontrar soluções e a importância de se colocar no lugar do outro”.

Estimule a resiliência

É comum que, por não estarem preparados ainda, crianças e adolescentes reajam à adversidades de forma imprópria ou até mesmo agressiva. “Por isso, os pais e professores devem ajudá-los a aprender a lidar com as frustrações, estimulando a resiliência para que entendam que nem sempre as coisas saem como planejado e que superar obstáculos faz parte da vida”, aconselha Rita.