Correio dos Campos

Defensivos agrícolas: uso supervisionado por profissionais minimiza riscos

Ponta Grossa e região têm 1.700 profissionais aptos a prescreverem defensivos agrícolas, conforme dados do Crea-PR
22 de agosto de 2019 às 14:24
(Divulgação/Jonas Oliveira)

COM ASSESSORIAS – Eficazes no controle de pragas e doenças que atacam as plantações de uma forma geral, os defensivos agrícolas entram novamente na pauta de discussões sobre os danos que podem ocasionar à saúde e ao meio ambiente. À frente da importante missão de minimizar os riscos ao ser humano, ajudar a garantir a saúde das plantas e a seguir as boas práticas, como a segurança na aplicação, estão os Engenheiros Agrônomos, Florestais e técnicos agrícolas.

Somente na região dos Campos Gerais, conforme dados do Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (Crea-PR), são 1.700 profissionais aptos a prescreverem defensivos agrícolas. Deste total, 1 mil são Engenheiros Agrônomos, 500 técnicos agrícolas e os demais Engenheiros Florestais.

São eles os responsáveis também por elaborarem estratégias técnicas de combate a doenças para que os produtos, como herbicidas, fungicidas e inseticidas não percam eficiência. O objetivo é sempre produzir melhor, com mais agilidade e sem deixar resíduos.

“Cabe ao responsável técnico estar atento e orientar sobre as regras existentes para o uso de defensivos agrícolas, as regulamentações existentes, o uso e dosagem correta dos produtos, o tempo que deve ser respeitado entre a colheita e a comercialização. Por isso da importância de contratar profissionais habilitados para a função”, explica o gerente Regional do Crea-PR, em Ponta Grossa, o Engenheiro Agrônomo, Vânder Della Coletta Moreno.

Para identificar a existência de responsável técnico nas propriedades rurais ou empresas que prestam serviços na área agrícola, o Crea-PR realiza frequentemente ações de fiscalizações. O acompanhamento técnico sobre os cultivos possibilita o uso dos agrotóxicos de forma racional, inclusive quanto a aspectos de tecnologia de aplicação, regulagem de pulverizadores para a aplicação do volume correto de calda sobre as culturas, seguindo as recomendações do receituário agronômico.

Comercialização

No Paraná, os herbicidas – responsáveis por combater as ervas daninhas nas lavouras – representam 62% do total dos defensivos agrícolas comercializados. Os fungicidas, usados para combater doenças como a ferrugem asiática, representam 15% das vendas e, os inseticidas, usados no combate de pragas como as lagartas e os pulgões, respondem por 11% das comercializações.

Dados do Sistema de Monitoramento do Comércio e Uso de Agrotóxicos do Estado do Paraná (Siagro) – ferramenta onde profissionais que emitem receituários agronômicos e empresas que comercializam agrotóxicos, cumprem os deveres de encaminhar informações sobre o comércio e uso, conforme exigência legal – mostram que, na região dos Campos Gerais, em 2018, foram comercializados em Ponta Grossa 1.096 toneladas de defensivos agrícolas, em Castro 1444 t, em Palmeira 1130 t, em Teixeira Soares 620 t, em Carambeí 570 t, em Ipiranga 465 t, em Imbituva 423 t e em Ivaí 313 t.

“A maior parte das moléculas dos ingredientes ativos dos agrotóxicos que são aplicados age nas folhas das plantas para surtirem o efeito desejado, como os herbicidas, fungicidas e inseticidas, e não permanecem nas partes comestíveis que são colhidas. Depois, essas moléculas são degradadas no ambiente, principalmente pelos microrganismos que existem no solo”, diz o Engenheiro Agrônomo.