Correio dos Campos

Principal queixa nos consultórios, candidíase ganha novo tratamento

26 de abril de 2019 às 20:04

COM ASSESSORIAS – Estima-se que a candidíase afeta 75% do público feminino no Brasil. A infecção, causada pelo fungo Candida Albicans, é uma das principais queixas nos consultórios ginecológicos e a segunda infecção mais comum que atinge mulheres durante a vida adulta. Corrimento vaginal e coceira na região são os principais sintomas, acompanhados de vermelhidão e relações sexuais dolorosas.

Esse fungo já existe no organismo humano em pequenas quantidades, e se transforma em candidíase vaginal quando as mulheres ficam com o sistema imunológico enfraquecido, ou com a flora vaginal desiquilibrada. “É um fungo que chamamos de oportunista. A baixa da imunidade do organismo e o desequilíbrio do PH vaginal podem ocorrer principalmente em situações de estresse, uso excessivo de antibióticos, roupas úmidas ou muito apertadas”, explica a ginecologista Adriana Lopes.

Nestas ocasiões, o corpo perde as condições para resistir ao fungo, que consegue se replicar e os sintomas aparecem. O micro-organismo, que vive também nos homens, acomete especialmente as mulheres, já que o fungo habita a flora vaginal.

“Os sintomas são muito desagradáveis e as pacientes chegam ao consultório pedindo uma resolução total do problema”, conta Adriana. Quando a infecção acontece existem tratamentos tópicos a base de pomadas antifúngicas e banhos de assento. No entanto, não há como eliminá-lo, já que o fungo faz parte do organismo. “A chance de uma mulher que já teve candidíase, voltar ao consultório com a mesma queixa é grande, que é o que denominamos de candidíase de recorrência”, afirma.

Para pacientes com infecções de repetição, há a indicação de tratamentos com laser e frequência. Conhecidos da estética, os métodos que não são invasivos e nem causam dor, são as novas opções nos consultórios ginecológicos.

Geralmente nestes casos, a indicação é de três sessões de 30 minutos cada, o que pode variar entre cada paciente. “Durante o processo acontece a restauração de colágeno e equilíbrio hormonal a nível do PH vaginal, estimulando o sistema de defesa e combate as infecções. Usamos a tecnologia a favor do bem-estar”, explica Adriana.

As sessões, que acontecem em consultório, não tem restrição de idade, só não podem ser realizadas por mulheres grávidas ou em tratamento oncológico.