Correio dos Campos

Equipe do Parque Histórico recebe treinamento de acessibilidade

A Associação do Deficientes Físicos de Ponta Grossa recebe funcionários do museu para vivencia com portadores de necessidades especiais
28 de dezembro de 2018 às 17:10
(Divulgação)

COM ASSESSORIAS – O cuidado para com o atendimento ao público sempre foi umas das prioridades dos gestores do Parque Histórico de Carambeí, a recepção dos visitantes com necessidades especiais é priorizada. Devido a isto, a instituição museal proporciona treinamento para que a equipe aprenda como acolher a todos os públicos.

O Parque Histórico realizou uma parceria com a Associação de Deficientes Físicos de Ponta Grossa (ADFPG) com o intuito de renovar o treinamento de acessibilidade oferecido aos funcionários. A prática oferecida pela ADFPG aos mediadores e o corpo técnico do museu foi a vivencia com os portadores de necessidades especiais.

“O treinamento de acessibilidade oferecido a equipe do Parque foi realizado em 2016, desde então trocamos alguns funcionários e a própria capacitação já estava obsoleta. Sentíamos a necessidade de aprimorar nosso atendimento para com os visitantes com necessidades especiais. A prática oferecida pela Associação de Deficientes foi excelente, pois nos deparamos com as dificuldades corriqueiras e diferente de cada membro da ADFPG.”, declara Leandro Carneiro, coordenador de mediação do Parque.

Pablo Kyoshi Rocha, historiador e mediador da instituição museal, afirmou que a experiência de vivenciar o cotidiano dos deficientes foi rica, pois fez a equipe valorizar e perceber que cada visitante do Parque é muito mais do que estão vendo. “Saímos do habitual para vivenciar o dia a dia dos profissionais da Associação e das pessoas com necessidades especiais que participam das atividades oferecidas pela instituição. Conhecemos histórias diferentes, percebemos que cada um tem uma maneira de enxergar a vida. Isso foi enriquecedor e nos fez perceber que não é só receber o visitante com necessidades especiais, nós precisamos acolher cada pessoa que passa pelo Parque em suas diferentes necessidades”.

O historiador e coordenador do núcleo educativo do museu, Lucas Kugler, afirmar que a experiência foi um presente para todos e o estimulou a pensar em formas diferentes para trabalhar com públicos distintos. “Nos foi apresentada uma realidade que não sentimos na pele, pudemos andar de cadeiras de rodas, sentir as dificuldades e limitações dos cadeirantes. Aprendemos que cada caso é um caso, mas que as pessoas com necessidades especiais podem sentir e receber tudo o que o Parque oferece. Foi uma experiência empática e que acrescenta tanto nas questões humanas quanto profissionais, nos estimulou a atenção e o cuidado na realização das mediações para todos os públicos”.

O Parque Histórico, por ser um museu, está em constante busca para cumprir seu papel social para com o seu público, aproximar a comunidade e visitantes, mostrar que instituições museais são ambientes vivos e em constante transformação para que todos sintam-se acolhidos.

“Esta é a função do museu, tornar o acesso universal a seus produtos históricos e culturais, é importante que todos tenham a possibilidade de nos visitar, e esse é um compromisso que fortalecemos constantemente”, finaliza Felipe Pedroso, historiador e coordenador cultural do Parque.