Correio dos Campos

Tecnologia da Informação, a área do futuro (e do presente também)

Em franca expansão, mercado de trabalho ainda sofre com escassez de profissionais qualificados
28 de agosto de 2018 às 14:05
Mercado de trabalho ainda sofre com escassez de profissionais qualificados para a área de TI. Foto: Divulgação

COM ASSESSORIAS – Desenvolvedor de softwares, gerenciador de redes, engenheiro da computação… Hoje há diversas oportunidades para os profissionais da Tecnologia da Informação (TI), área que tem se tornado cada vez mais estratégica para as empresas. A crescente necessidade de velocidade e inovação para suprir às demandas do mercado e dos consumidores tem levado as companhias a investirem em novas soluções. Em 2017, a movimentação do setor foi de R$ 238,9 bilhões, o que representou um aumento de 9,9% em relação ao período anterior (segundo dados da Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação – BrassCom).

Se a recessão econômica vivida nos últimos anos no Brasil impactou de maneira negativa diversos setores, a área de tecnologia saiu praticamente intacta: segundo o diretor executivo da TOTVS Curitiba, Márcio Viana, as companhias enxergaram na automatização uma opção para reduzir custos. “A partir do momento que as empresas tiveram que enxugar seus quadros funcionais, buscaram formas de conseguir fazer mais com menos recursos – e as soluções de TI acabam sendo vitais nesse processo”, comenta o diretor.

Nesse processo, Viana destaca que a área tem sido reconhecida cada vez mais como estratégica e vital para os negócios. “O profissional de TI não é mais aquele que ‘somente programa’. Ele ajuda nas regras dos serviços e contratos, consegue ajudar na decisão de quando é momento de investir em novas soluções e até propor mudanças de processos que podem impactar toda a companhia”, destaca.

Com a área em alta, as oportunidades também aumentaram: uma pesquisa realizada pela Michael Page em 2017 aponta que, nos próximos quatro anos, haverá a demanda de 750 mil profissionais para tecnologia. O presidente da BrassCom, Sérgio Paulo Galindo, revela que o cenário será influenciado pelas novas tendências tecnológicas, com destaque para a Internet das Coisas. “A previsão é que em 2025 tenhamos 500 bilhões de sensores conectados à internet e uma movimentação de até US$ 19 trilhões”, adiciona Galindo.

O estudo também apresenta a variação salarial média de 36 profissões conforme o porte da empresa (pequena ou grande). Sobre o assunto, o diretor executivo da TOTVS Curitiba comenta: “Geralmente, o profissional de TI é bem remunerado pelas responsabilidades que possui e pelo retorno que pode gerar às companhias”.

Entretanto, mesmo com essa franca expansão, as empresas ainda enfrentam obstáculos na contratação de novos profissionais, uma vez que constantes atualizações são necessárias, assim como conhecimentos de metodologias de projeto, inovação e novas linguagens de programação. Viana destaca que outras competências também são esperadas dos que optam por TI. “Hoje, não adianta mais só ter o perfil técnico. O profissional deve ter outras habilidades, como liderança, saber trabalhar em equipe e proatividade, além de conhecimentos adicionais, como o domínio do inglês”.

O desafio do aperfeiçoamento

Para ajudar a preparar os profissionais, diversas empresas de TI têm investido em cursos, boa parte deles gratuitos. Os profissionais também podem se atualizar por meio de plataformas que oferecem aulas com baixo investimento na categoria EAD. “Sites como Udemy e Udacity possibilitam atualizações rápidas, mas que podem ser o diferencial que falta para uma promoção ou para a vaga dos sonhos”, ressalta Viana. Ele ainda comenta que a TOTVS investiu R$ 1,5 milhão para ofertar duas mil vagas gratuitas de treinamento. “Quanto mais preparado o profissional, melhor para nós. Quem participar dos cursos terá mais chances de conquistar uma oportunidade, tanto na TOTVS quanto em parceiros”, finaliza.