Correio dos Campos

Fibria inaugura primeiro viveiro automatizado de mudas de eucalipto do mundo

Tecnologia foi importada da Holanda, onde já é amplamente usada para o plantio de flores
10 de outubro de 2017 às 14:05

A Fibria acaba de inaugurar, oficialmente, o primeiro viveiro automatizado de mudas de eucalipto do mundo. Com uma área de 48 mil metros quadrados, o viveiro tem capacidade para produzir 43 milhões de mudas de eucalipto por ano e será a base de suprimento para a operação florestal da companhia em Três Lagoas (MS), onde a Fibria iniciou, no final de agosto, a operação de sua segunda linha de celulose.

Conhecida como “fábrica de mudas”, o novo viveiro automatizado conta com 24 robôs que realizam a seleção, plantio, diagnóstico das mudas e até o embarque automático para o transporte, tudo com base em inteligência artificial. A tecnologia foi importada da Holanda, onde já é usada para o plantio automatizado de mudas de flores. Esse modelo permitirá à empresa ter uma produtividade três vezes maior do que um viveiro tradicional.

“A operação do viveiro automatizado demonstra o alto grau de inovação, competitividade e robustez dessa iniciativa. Buscamos o que há de mais avançado em tecnologia e automação no mundo, tendo como principal desafio adaptar esse conhecimento aos processos e às necessidades da Fibria”, diz Tomás Balistiero, gerente geral de Operações Florestais da Fibria em Três Lagoas.
Segundo o gerente geral da Fibria, a qualidade das mudas produzidas pelo processo automatizado é melhor que o tradicional, com um custo de produção cerca de 25% menor.

Além disso, o viveiro automatizado incorpora conceitos de sustentabilidade na sua operação: os tubetes em que são plantadas as mudas são de papel degradável, conhecidos como Ellepot, e não mais de plástico, o que gera redução de resíduos, menor consumo de água e menor impacto ambiental.

Além da otimização das atividades dentro do viveiro, o uso da nova tecnologia apresentará melhorias ergonômicas também para os operadores.

O transporte das mudas é feito por meio de bandejas automáticas, com identificação rastreável, o que permite o acompanhamento do trajeto das mudas durante todo o processo de produção. Até então, esse trabalho era todo feito de forma manual. Os robôs cuidam de tudo.

O sistema de irrigação é automatizado. Uma estação meteorológica monitora o clima e garante o fechamento automático de tetos retráteis, protegendo as mudas de um excesso de chuvas ou qualquer outro tipo de intempérie. Essa estação também mede a intensidade da energia solar no viveiro para controlar a exposição das mudas ao sol.

(Painel Florestal)